quarta-feira, 6 de julho de 2011

Relógio?


Ela chega em casa feliz com nada. Com tudo.
Se pega rindo. No meio de tinas e giz de cera. Colore cada sonho. Cada detalhe. Cada ilusão.
Faz questão de espalhar o seu riso. De falar ao mundo as suas razões. Nenhuma concreta.
Vive de sonhos. Não vive sonhando. Consegue perceber a diferença? Pode?
Ela tem um mundo. Não é diferente. Só não é igual. Não troca um beijo, mas, se rende.
Olhar o seu reflexo no espelho não procura beleza. Com tudo relativo. Por que ser tão dura consigo mesma? O que te fizeram? O que você fez?
Não reclamar da matéria. Não reclamar.

Não existe alguém. Não? E se desacreditar, o que te resta? O que te vale à pena?
Mas ela também realiza. Ela é triste, mas, o que seria de verdade se tudo fosse feliz?
Poder carinhar seu cabelo, te ver pegar no sono e mais do que isso ter você em minha vida. É o que eu mais quero. É o que mais eu sinto falta. Falta?
Não foi uma escolha estar aqui.
A mesma música se repete por horas, por dias. Sinto falta de casa. Preciso dormir.

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